“As mulheres sofrem bastante por não saberem como se defender”

17/2/2021 9:41 AM

A violência doméstica, fuga à paternidade e gravidez precoce são, para este ano, as principais linhas de intervenção do Grupo de Monitoria dos Direitos das Mulheres em Malanje.

O grupo, constituído por mulheres de diferentes instituições locais, realizou o seu encontro de planificação anual a 28 de Janeiro, com foco para a fiscalização dos programas públicos relativos aos Direitos das Mulheres.

A Chefe de Secção da Família e Promoção da Mulher da Administração Municipal de Malanje, Joana José Miango, é membro do grupo e reiterou a necessidade de as mulheres estarem mais unidas a fim de ajudarem às “outras mulheres que não conhecem os seus direitos”.

“Fruto do desconhecimento dos seus direitos as mulheres sofrem bastante por não saberem como se defender”, revelou Joana Miango.

A organização, que reuniu nove mulheres na sala de formação da ADRA Malanje, agendou também para 2021 a realização de acções que visam promover o empreendedorismo entre as mulheres e os seus direitos sexuais e reprodutivos.

Para as integrantes do grupo, estas acções vão ser acompanhadas por intervenções junto de advocacia social junto do governo provincial e das administrações municipais.

A vice-presidente das mulheres da Igreja Metodista Sião, Domingas Pinto, mostrou-se grata por integrar o grupo e disse estar “sempre” disponível para trabalhar para os propósitos do colectivo.

De acordo com a coordenadora da ADRA no município de Cacuso, Teresa do Rosário, serão alvo de monitoria os programas de saúde materno infantil, acesso ao registo civil, educação, empoderamento feminino, com o objectivo de contribuir para melhoraria da qualidade de vida das mulheres, no acesso aos serviços sociais básicos.

O Grupo de Monitoria é constituído por mulheres de diferentes instituições locais, tais como: a Caritas de Malanje, Administração Municipal de Malanje, Gabinetes provinciais da Acção Social, Família e Igualdade de Género, Saúde, Educação, Liceu 4 de Abril, Igreja Metodista Sião, o Instituto Superior Alexandre do Nascimento e a ADRA.

A acção enquadra-se no âmbito do Projecto de Apoio Institucional, financiado pela Afrikagrupperna - GAS.

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