Benguela | “Vamos criar leis claras para que possamos ter uma eleição justa”

18/4/2022 5:23 PM

“Vamos criar leis claras para que possamos ter eleições justas, e evitemos intolerância política no nosso país.” O apelo é do cidadão António Cachilingue, feito recentemente durante uma palestra sobre legislação autárquica na comuna do Dombe Grande, município da Baía Farta.

O presidente da Cooperativa KSC mostrou-se engajado na recolha de informação sobre legislação autárquica e disse que as leis que regem as eleições devem ser claras para evitar conflitos depois da divulgação dos resultados.

“Vamos criar leis que facilitam a rapidez e a clareza do processo eleitoral, a comissão eleitoral não deve vestir cores partidárias”, afirmou António Cachilingu.

Durante a palestra, a jurista e quadro da ADRA, Estrela Domingos, abordou temas ligados as questões que estão em volta do debate nacional sobre as eleições, como: enquadramento legal as eleições gerais, a importância do voto, tolerância e perigos da intolerância política e obtenção do cartão do munícipe.

“Aprendemos que as eleições são feitas de cinco em cinco anos, assim como está escrito na nossa Constituição e estamos prontos para escolhermos quem vai guiar o nosso país nos próximos anos e queremos que o novo governante olhe para as necessidades do povo”, afirmou Alberto Massango, morador do Dombe Grande.

João Zeca, também morador de Dombe Grande, mostrou o seu descontentamento sobre o mal procedimento dos alguns partidos políticos.

“Os partidos políticos devem criar leis que favorecem o cidadão e não leis que permitam o conflito como tem acontecido na nossa localidade. Agradeço a ADRA porque encontros como estes ajudam as pessoas a saberem o que acontece no país”, declarou João Zeca.

Para Domingos Pentecoste, participante da palestra, a principal dificuldade está em colocar em prática as próprias leis.

“A legitimidade da criação das leis é bastante clara, mas falta pôr em prática, as eleições gerais acontecerão em Agosto de 2022 e queremos que seja baseado na justiça e na verdade, porque quem sofre é o cidadão quando o país tem má governação”, disse Pentecoste.

A palestra juntou, no dia 28 de Março, líderes tradicionais, religiosos, partidos políticos, membros das associações e cooperativas, num total de 35 participantes, dos quais 16 mulheres.

A acção enquadra-se no Projecto COSCA-Angola, financiado pela Fundação Hanns Seidel.

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