ADRA facilitou o debate sobre Transparência Orçamental nesta terça-feira (23 de julho), na sede do município da Caála, província do Huambo.
Cerca de quarenta cidadãos e cidadãs foram capacitados/as em questão Transparência Orçamental, Dívida Pública e monitoria do Orçamento do município.
A preletora, Cecília Quitombe, disse que esta actividade está enquadrada em um projecto ligado a Advocacia Social em torno do Orçamento Geral do Estado (OGE), que tem sido desenvolvido com os parceiros sociais, como a UNICEF, NCA (Ajudadas Igrejas Norueguesas) com o objectivo de potencializar as comunidades locais na questão da literacia orçamental.
Acrescentou ainda que o foco vai para as mulheres e jovens, por estes representarem mais da metade da população angolana. De modo a criar um espaço de discussão com esta franja da sociedade, reconhecendo o impacto deste instrumento na garantia das políticas sociais, e programas ligados ao seu desenvolvimento integral.
Falou-se também da importância da velocidade na elaboração de programas públicos que deve acompanhar a velocidade na resolução das necessidades das comunidades.
José Carlos Elavoko, jovem de 33 anos, disse que esta formação e outras de género têm mudado a sua visão sobre a gestão pública. Pois segundo José “um bom orçamento deve refletir as necessidades sentidas pelas comunidades”.
“Estas formações são fundamentais, sobretudo nesta fase em que o país caminha para a implementação das autarquias” acrescentou.
Apósa formação os participantes fizeram uma análise dos programas inseridos no orçamento do município.
Madalena Eduardo Satoñole disse que devia se primar mais na questão do saneamento básico, para garantir uma saúde preventiva. Pois as doenças mais frequentes existem pela falta de saneamento, como a febre tifóide, a malária e outras”.
Madalena declarou ainda que o conhecimento sobre as políticas públicas facilita na transparência. “Onde não há informação, há especulação”.
"Temos que aceitar que o país está nas nossas mãos e cabe a nós saber o que fazer emprol do desenvolvimento sustentável", finalizou.
A prelectora afirmou que as necessidades dos municípios são comuns, mas cada um deles possui suas particularidades e prioridades. Transparência, boa governação e participação dos cidadãos são princípios que garantem o bem-estar das comunidades.
O workshop aconteceu na sequência da visita de monitoria a Antena Huambo (22 dejulho). A mesma visou o balanço das actividades da antena do primeiro semestre de 2019 do programa de Cidadania e Advocacia Social.
O workshop foi financiado pela Ajuda das Igrejas da Noruega-NCA, no âmbito doprojecto “Oil for Development”, Petróleo para o Bem Comum.