O administrador da localidade de Oshetekela, no município de Ombadja, província do Cunene, mostra-se preocupado com a falta de água para o consumo na comunidade. Forminal Patrício Haitale apresentou a sua preocupação durante a visita de constatação da equipa da ADRA para a identificação dos locais de construção das cisternas calçadão, no âmbito da implementação do Projecto de Apoio à Redução da Insegurança Alimentar no Cunene.
“Nesta localidade não há muitas alternativas de fontes de água, tiramos nesta cacimba até a última gota mesmo deitando cheiro. Esta é a maneira que a população de Oshetekela encontrou para sobreviver”.
Apesar de encontrarem estratégias da convivência com a seca no seu dia-a-dia, falar do acesso à água em algumas aldeias da província do Cunene ainda é um problema de elevada preocupação para os residentes.
É o caso da aldeia Oshetekela, há 47 km da sede de Xangongo, município de Ombadja, e a 97 km da cidade de Ondjiva, que tem sido o refúgio para cerca de duas mil famílias.
Desta fonte tiram água para o consumo doméstico e bebedouro para os animais.
“No período crítico de escassez de água a comunidade se sair de casa às 5 horas chega a casa no meio dia” relatou o administrador.
Durante o trabalho de campo, a equipa da ADRA deparou-se com crianças com idades compreendidas entre os quatro e seis anos de idade, que carregavam bidons em busca de água para o consumo humano.
Para mitigar tais situações a ADRA, em parceria com a União Europeia e a Ajuda das Igrejas Norueguesas, está a implementar o Projecto de Apoio a Insegurança Alimentar e Nutricional no Cunene, com foco no acesso à água e a nutrição, nos municípios de Ombadja e Cahama.