A iniciativa é financiada pelo UNICEF e tem a finalidade de contribuir para a mitigação do impacto das alterações climáticas, proporcionando às comunidades o acesso à água e alternativas para a resiliência às mudanças climáticas, através da instalação de sistemas alternativos de captação, retenção de águas pluviais e abastecimento por camião, no Município do Ombadja.
Segundo Fernando Yuma, chefe da equipa de construção das cisternas calçadão, a comunidade aqui tem vivido a escassez de água e a iniciativa chega a bom tempo.
“Sinto-me motivado porque estou a ajudar com a construção das cisternas aqui, no município de Ombadja, e é uma grande responsabilidade”, declarou o líder de uma equipa de 14 pedreiros envolvidos na construção.
O pedreiro João Jaime afirma que este é o seu primeiro emprego e o que ganha serve para ajudar a sua família. “Sou pai de dois filhos, este trabalho veio a calhar, uma vez que está difícil encontrar um emprego nesta fase”, reconheceu.
Para o sekulo Nicolau Mwandufa, a falta de água é uma realidade preocupante da comunidade.
“Este ano não choveu quase nada, temos de percorrer 8 km para ir buscar água. A construção desses tanques veio nos ajudar muito porque até nos poços já não tem água. É uma alegria para o povo, a ADRA trouxe aqui duas cisternas para diminuir a distância que percorríamos.”
A ADRA começou com a experiência de intervenção no domínio da resiliência climática e mitigação dos efeitos das alterações climáticas e acesso à água para as comunidades rurais no município dos Gambos e, hoje, a acção estende-se também ao município da Humpata, na província da Huíla.