A ADRA-Malange realizou, nos dias 18 e 19 de Novembro, o 10º Encontro das Mulheres da ADRA e Instituições Parceiras.
O encontro serviu para analisar a situação económica e social das mulheres em tempo da pandemia do Covid-19 e identificar alternativas de sustentabilidade económica.
Anita Paulo Júnior, representante Regional da Igreja do Sétimo Dia, afirmou que as mulheres precisam de serem mais incluídas na esfera pública e apelou a partilha de experiências de vida de modo a aprenderem umas com as outras.
“As mulheres são pilares importantes para minimizar a crise imposta pela pandemia e promover a inclusão e equilíbrio de género”.
As participantes recomendaram a criação de um grupo de sensibilização que poderá actuar nos mercados informais, afim de ajudar outras mulheres a identificar alternativas económicas em tempo da Covid-19.
Teresa Changuendela, Técnica de Desenvolvimento Comunitário, declarou que a pandemia tem causado um impacto muito negativo, sobretudo na vida das mulheres.
“Se verificarmos, o nível de desemprego aumentou no país, como consequência aumentou também o número de mulheres no sector informal”.
Mariana Moita, Directora da ADRA em Malange, afirmou que um dos principais objectivos do encontro é a constituição de grupos de monitoria dos Direitos das Mulheres ao nível local, no sentido de melhorar a sua condição social.
Dentre as recomendações, as participantes apelaram que a ADRA e as Cáritas influenciem junto das administrações municipais e do Governo Provincial para que as associações de camponeses tenham meios de transporte para facilitar o escoamento e a promoção de feiras para comercialização dos produtos.
O encontro contou com a presença de 28 mulheres e é uma acção enquadrada no projecto de Apoio Institucional financiado pela Afrikagrupperna.
Realizado anualmente, o Encontro das Mulheres da ADRA e Parceiras é um espaço onde as mulheres aprendem e partilham experiências de vida umas com as outras.