Violência sexual uma urgência social que exige sensibilidade e acção colectiva

11/7/2025 11:00 AM

Durante o XIV Encontro Anual das Mulheres da ADRA e instituições parceiras, que decorreu na Huíla, foram discutidos temas cruciais como a violência contra mulheres e meninas, os efeitos da pobreza sobre elas em Angola, e o papel da mulher na garantia da Segurança Alimentar e Nutricional.

As participantes destacaram que as práticas culturais discriminatórias ainda perpetuam situações de violência de género, também foi apontado o desconhecimento generalizado sobre os mecanismos públicos de proteção às mulheres e meninas, o que agrava a vulnerabilidade das vítimas.

O evento reuniu representantes de cooperativas locais, a presidente do cessante do Conselho Directivo da ADRA, Maria Victoria, funcionárias públicas e privadas, partidos políticos, autoridades tradicionais e instituições religiosas.

A Dra. Martinha Comandante, advogada e representante do Conselho Provincial da Huíla da Ordem dos Advogados de Angola, frisou que a violência sexual é uma grave violação dos direitos humanos com consequências devastadoras afetando a saúde física e mental das vítimas, suas relações sociais e o direito a uma vida plena e digna. Ela reforçou a urgência de se criar um ambiente seguro e acolhedor para quem sofre tais agressões.

Já a Dra. Luísa Caputo, Diretora Provincial do GASFIG na Huíla, defendeu a aplicação mais eficaz das leis e mecanismos de proteção,” quanto maior for o entendimento social sobre o sofrimento causado pela violência sexual, mais forte será o movimento para enfrentá-la e apoiar as sobreviventes”.

Na ocasião, as representantes das comunidades da Capunda Cavilongo, de Caluquembe e Humpata, partilharam experiências sobre boas práticas de transformação de alimentos e o impacto dos programas públicos na vida destas mulheres.

Como conclusão, as mulheres presentes reforçaram que: Os mecanismos de proteção dos direitos das mulheres são ferramentas essenciais na luta pela equidade de género, o assédio, o abuso sexual e a violência baseada no género estão se tornando cada vez mais frequentes por isso é urgente implementar medidas concretas e realizar estudos aprofundados sobre as causas reais desse fenômeno que afeta, sobretudo, mulheres e meninas.

A Directora Anastácia Tchilete reafirmou no discurso de encerramento, o compromisso da ADRA com a transformação social e destacou a força coletiva das mulheres como agentes essenciais para a construção de uma Angola mais justa, inclusiva e sustentável.

Para celebrar a resistência e fortalecer os laços entre as participantes, o evento também contou com apresentações de dança, teatro, música e música

Está acção foi realizada com ofinanciamento da PPM, FORUMCIV e FAS.

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