De acordo com as conclusões feitas pelos participantes, há necessidade de os jovens despertarem-se para o aproveitamento das oportunidades de negócios ao nível da agricultura, bem como na transformação e escoamento dos produtos do campo para os centros de consumo.
Os jovens apelam ainda para um maior investimento na educação de qualidade, acompanhada pela formação técnica, para o fomento de empregos e iniciativas juvenis de negócios.
O acesso ao crédito à juventude para o fomento das suas iniciativas de negócios também foi uma questão discutida durante os três debates. No Bailundo, os participantes pedem à administração municipal a realização de um evento público para a apresentação dos principais programas públicos em curso no município e sobre os critérios de acesso, taxas de juro e período de reembolso de créditos.
Os jovens dos três municípios solicitam às suas administrações municipais melhor atendimento ao público e a diminuição da burocracia no tratamento de documentos pessoais e de legalização das associações e cooperativas.
“Não é só o Governo que deve dar emprego, o governo promove iniciativas e nós os jovens temos a missão de ser mais criativos com os pequenos negócios, como a agricultura, a pecuária, a venda de produtos, serviços de pequenos fretes”, defendeu Gabriel Setaca, vice-coordenador da Juventude Católica no município do Longonjo.
No município da Caála, a jovem empreendedora Maria Baptista faz um balanço positivo do encontro e destaca a sua importância na orientação dos projectos de negócios que possui.
“O encontro foi importante e oportuno, pois deu-nos algumas luzes e melhor orientação na condução dos nossos projectos, nos ajudando na reavaliação e correcção de muitas falhas na sua execução.”
E o presidente da Cooperativa Omunga Jovens da Caála, Damião Hossi, revela que os jovens têm vontade de criar e gerir os seus próprios negócios, mas precisam de apoio financeiro.
“Hoje foi um dia muito proveitoso, nos foi passada a experiência de como começar a criar o nosso próprio negócio, principalmente os feitos a partir do campo. Mas gostaria de pedir a todos que ajudem os jovens, muitos de nós temos vontade, mas não temos dinheiro para começar um o negócio”, apelou.
O ciclo de debates teve como objectivo a promoção da reflexão e trocas de experiências entre as diferentes organizações juvenis dos referidos municípios, e contou com a presença dos quadros das Administrações Municipais, representantes dos partidos políticos com assento parlamentar, representantes das instituições religiosas, Sindicatos Municipais dos trabalhadores da Educação, Conselhos Municipais da Juventude, BUE, membros da Sociedade Civil, membros das associações e cooperativas de produtores e Quadros da ADRA, num total de 142 participantes, dos quais 40 mulheres.