Beneficiaram da formação os membros das associações de Chimbila Alto e Utalala, pertencentes às povoações da Utalala e Caviva Sul, com destaque para os chefes de produção que aprenderam práticas agrícolas sustentáveis para serem replicadas nas suas lavras individuais, tais como: rotação de cultura, consorciação, produção e aplicação de insecticida natural, adubação verde e orgânica, instalação de sistemas de culturas e sistemas agroflorestais.
Para Angolar Cassâmbua, Técnico de Desenvolvimento Comunitário da ADRA, a acção visa apoiar e capacitar os produtores agrícolas familiares tendo em vista as dificuldades que enfrentam no acesso aos serviços públicos de assistência técnica e extensão rural.
Visa também demonstrar as boas práticas agrícolas que poderão permitir que estas organizações consigam optimizar os seus rendimentos nas suas parcelas colectivas e individuais.
O quadro da ADRA fez saber que a formação está centrada na observação, experimentação, comparação e aprendizagem, a partir dos problemas concretos dos produtores.
“As ECAS apresentam um enorme potencial na capacitação dos agricultores e camponeses, que resultam em melhorias significativas e sustentáveis das suas explorações agrícolas”, afirmou.
“Estamos fortalecidas e acreditamos que estas práticas vão melhorar muito a produção das nossas lavras. A nossa associação não tinha nada, agora com estas fruteiras que foram plantadas hoje, passaremos a visitar a nossa lavra colectiva todas as semanas para acompanhar bem o desenvolvimento das plantações”, afirmou Teresa Tchilombo, chefe de produção da Associação da Utalala.
O coordenador da Associação do Chimbila, Paulo Ngando, mostrou o seu contentamento pela formação e disse que, com esta formação, está confiante e melhor preparado para enfrentar possíveis pragas.
“Se aparecer uma praga ou doença na minha lavra, já tenho como combater e não vou me preocupar tanto porque as plantas para preparar o medicamento nós já temos e hoje recebemos o conhecimento de como combater as doenças das plantas, muito obrigado a ADRA”, disse o líder comunitário.
“Os nossos currais estão cheios de fezes de animais (esterco bovino), mas nós não sabíamos melhor como aplicar, agora com a nossa escola de campo, aprendemos a grande importância das fezes de animal para agricultura e como utilizar”, reforçou António Miapia, coordenador da associação da Utalala, sobre as técnicas apreendidas de aproveitamento de excrementos de animais para agricultura.
Esta acção enquadra-se no Projecto de Apoio à Mitigação do Impacto Económico e Social da Covid-19 (PAMIESC-19), financiado pela União Europeia.