Participaram no evento 58 pessoas, entre líderes tradicionais, religiosos, partidos políticos, representantes da administração municipal, membros das associações e cooperativas e quadros da ADRA.
Elsa Rodrigues, uma das 21 mulheres participantes da mesa redonda, fez saber da necessidade de se criar mecanismos de diálogo para as mulheres, de modo a modificar o sistema e corrigir as desigualdades, observando os três principais objectivos: redistribuição, reconhecimento e representação.
Segundo o docente universitário e investigador da Ovilongua, Carlos Pacatolo, o fim último dos facilitadores de diálogo é de influenciar o curso das Políticas Públicas, pois estes espaços pressupõem a oportunidade de apresentar as principais preocupações das comunidades e sua visão de desenvolvimento.
Na ocasião, líderes de associações e cooperativas agrícolas garantiram levar as informações para as suas comunidades.
Celina Vikeia, presidente do Conselho Fiscal da Cooperativa Okutiuka, agradeceu a iniciativa da criação do espaço de diálogo e articulação comunitária entre a sociedade e o Governo.
“Saio do debate com mais conhecimento e vou levar para minha comunidade”, afirmou.
António Kachilingo, presidente do Núcleo do Dombe Grande, disse que o debate surgiu como um despertar porque “a sociedade que não dialoga não colhe frutos”.
“Com esse debate somos munidos de ferramentas para levar as nossas comunidades e, daqui em diante, devemos incentivar as mulheres a estarem na linha da frente”, apelou.
Este encontro teve apoio da organização alemã Pão para Mundo.