Cidadãos em Benguela engajados no processo eleitoral

1/7/2022 3:37 PM

Faltando apenas dois meses para a realização das eleições gerais em Angola e dada a necessidade de se disseminar informação eleitorais nas comunidades, a ADRA promoveu recentemente sessões de capacitação sobre monitoria de campanhas eleitorais, na capital de Benguela e nos municípios do Dombe Grande e Ganda.

No total, foram capacitados 140 cidadãos, dos quais 36 mulheres, entre líderes tradicionais, religiosos, partidos políticos, membros das associações e cooperativas agrícolas e outras organizações da sociedade civil.

O Oficial de Programas do Instituto Angolano de Sistemas Eleitorais e Democracia (IASED), Celestino Setucula, foi o facilitador das sessões, tendo apresentado conceitos sobre monitoria e observação eleitoral, contextualização das campanhas eleitorais em Angola no período 1992 a 2017, principais actores políticos e civis e boas práticas a nível internacional, treinando os participantes sobre como devem actuar durante a fase das eleições no país.

“Com essa formação aprendemos o que devemos fazer no período das eleições. Esperamos pôr em prática tudo que aprendemos e evitar conflitos durante as campanhas e procurar ter paz na comunidade”, afirmou Maria da Piedade, coordenadora do Bairro do Casseque, Dombe Grande, assegurando desenvolver actividades na sua comunidade para promover maior participação dos cidadãos nas eleições gerais.

Para o secretário do Núcleo das Cooperativas do Dombe Grande, Pedro Calei, as eleições devem ser justas e claras. “Para esse ano espero que seja um facto concluído a fim de ultrapassar a crise política e salvaguardar a paz, sobretudo para resolver as dificuldades da população”.

De acordo com o membro da Associação Omunga, Donaldo Sousa, a formação ajudou a juventude na compreensão das normas que se deve ter na época eleitoral. “Sendo jovem e activista a minha missão é aprender e transmitir para as comunidades”, disse.

“Devemos estar munidos de informação do género para termos uma sociedade sadia e evitarmos conflitos que podem desestruturar a boa convivência”, afirmou Adelina Caterça, membro da Organização Humanitária Internacional (OHI).

Ana Bimbi, membro da cooperativa Tuvanjakovasso e participante da formação, agradeceu pelos ensinamentos e encoraja a ADRA a continuar com acções de educação cívica eleitoral.

Na ocasião, o oficial de programas do IASED fez saber que o País precisa promover a lei sobre a monitoria dos processos eleitorais. Para Celestino Setucula, a sociedade civil deve monitorar os processos eleitorais para criar um ambiente pacífico e de maior tolerância política durante a fase eleitoral e a juventude, que na maioria são mulheres, tem mostrado o seu interesse de acompanhar e aprender todos os processos que estão relacionados com a sociedade.

“Toda eleição tende a gerar conflitos, não há democracia sem partido político, mas devemos aprender a conviver na diferença”, salientou.

Estas formações foram realizadas pela ADRA, no âmbito do Projecto Capacitando Organizações Locais da Sociedade Civil sobre o Processo Autárquico, COSCA-Angola, implementado nas províncias de Luanda, Benguela e Malanje, com o financiamento da Fundação alemã Hanns Seidel.

ADRA – Mais de 30 anos construindo caminhos para a Cidadania e Inclusão Social em Angola
Fazer Download