Membros das comunidades de Bata-Bata estão engajados nas escavações dos buracos para a construção das cisternas calçadão, pois a falta de água tem sido um grande problema naquela região.
Segundo o Seculo desta comuna, Jose Hiluku Tchipalo “no tempo seco a água nesta localidade tem sido difícil, isso nos preocupa bastante porque dependemos totalmente das cacimbas e como vocês vêm, o solo é duro para encontrar água”.
Consciente deste problema o projecto da Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente-ADRA, denominado PARMES (Projecto de Apoio a Resiliência para Mitigação dos Efeitos da Seca) que tem como objectivo contribuir para o reforço da resiliência nas comunidades e para redução da fome e insegurança alimentar nos municípios dos Gambos e Humpata, está empenhado na construção de oito cisternas calçadão que neste momento estão em curso a escavação de quatro buracos, tendo já terminado uma cisterna.
“Com estes reservatórios que a ADRA vai construir aqui, será um benefício para nós e vai ajudar muito para que as pessoas tenham acesso a água. A comunidade aqui pratica agricultura e as principais culturas são massambala, milho, feijão, uma das culturas que mais se adapta com o solo é a batata doce e abóbora” finalizou o Seculo de Bata-Bata.
A Bata-Bata é uma nova área de intervenção da ADRA Huíla, dista a 75 km da sede do município da Humpata, e é uma área totalmente rural. A desnutrição é outro problema que assola a comuna, pelo facto desta população ainda não possuir educação nutricional, e consequentemente ainda não despertou sobre o valor nutritivo das suas principais culturas.
Lembrar que as cisternas calçadão têm uma capacidade de 52 mil litros e é uma alternativa sustentável e adaptável aos meios de vida das populações nestas regiões, em que a questão da água está associada ao trinómio “homem-gado-pasto”. Esta alternativa teve início no município dos Gambos, que neste momento conta com 13 cisternas e já beneficia mais de 150 pessoas.
O projecto PARMES é uma iniciativa que tem toda a sua atenção virada para a insegurança alimentar e nutricional, no sentido de atender as necessidades nutricionais das comunidades. E é financiado pela União Europeia e co-financiado pela Ajuda das Igrejas Norueguesas.