“Taxa de mulheres sem acesso a escolaridade no meio rural ainda é alta”

19/12/2022 5:38 PM

A informação foi apresentada durante o XI Encontro das Mulheres e Parceiras da ADRA, realizado, no dia 16 de Dezembro, em Benguela.

Razões culturais, gravidez e casamentos precoces, incapacidade financeira e, sobretudo pelos programas públicos pouco inclusivos no sector da educação destinados para as áreas rurais foram alguns dos motivos apontados.

No âmbito das suas acções de promoção do equilíbrio e justiça de género, a ADRA tem como preocupação desencadear processos equitativos que contribuam para o equilíbrio nas relações entre homens e mulheres, tendo sempre em vista o desenvolvimento das comunidades no seu todo.  

Durante o evento abordou-se sobre o acesso aos serviços de saúde sexual e reprodutiva para mulheres e meninas, educação sexual na prevenção da gravidez precoce, doenças sexualmente transmissíveis, higiene íntina de mulheres e meninas e outos questões inerentes a mulher.

O trabalho da ADRA no domínio de género ainda é bastante desafiador, considerando as mudanças sociais que vão ocorrendo na nossa sociedade em geral em particular as nossas organizações e famílias.

Durante as discussões constatou-se que ainda há uma fraca informação e assistência sobre saúde sexual e reprodutiva das mulheres e meninas, facto que tem contribuído para fraca adesão aos serviços e cultura de denúncia sobre os casos de violação sexual, sobretudo no meio rural.

As mulheres que participaram da actividade deixaram como recomendações para departamento da saúde pública, reforçar as estratégias de divulgação da informação sobre a saúde sexual e reprodutiva e disponibilizar a assistência a utentes em localidades onde o acesso ainda é deficitário, sobretudo no meio rural.

E aconselharam as mulheres a reforçar os mecanismos de denúncias, em caso de mau atendimento nas unidades sanitárias para o acesso aos serviços de saúde sexual e reprodutiva.

A actividade contou com a presença de mulheres membros das associações e cooperativas, funcionárias de instituições públicas, autoridades tradicionais e instituições religiosas, associações juvenis e jornalistas.

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