Os membros aprenderam a fazer compasso, densidade, selecção de semente, dosagem do estrume e fertilizantes, tal como conta Abraão Víctor.
“A formação foi boa, discutimos e aprendemos novas formas de cultivar como o compasso e a densidade do milho e feijão, a mistura do estrume e do adubo químico, isto vai nos permitir seguir em frente”.
Mais do que conceitos, a metodologia é essencialmente prática, pois o seu resultado é visível e mensurável. Após o ciclo produtivo, os agricultores aprendem a fazer teste do poder germinativo no cultivo do feijão e milho.
“Eu aprendi que o feijão transmite força no solo, por isso devemos fazer sempre a combinação entre o milho e feijão. Antigamente semeávamos mesmo assim, sem saber o que faz bem no solo e o que prejudica” afirmou Clementina Filomena.
As ECAs permitem ao produtor fazer a sementeira de acordo a sua prática e, ao formador aplicar as técnicas recomendas para um problema específico na produção, através da análise, observação e comparação da técnica tradicional, prevalecendo assim a técnica que apresentar melhores resultados até ao final do ciclo produtivo.
Os membros manifestaram diversas dificuldades, como a falta de motobombas para a rega.
Como alternativa, muitos utilizam baldes, sobretudo na época seca, facto que gera fadiga e reduz a motivação para o aumento das áreas de produção.
A comunidade apela a intervenção do Executivo local, pois este é um problema que afecta a maioria dos produtores familiares naquele município.
Nesta formação, financiada pela NCA (Ajuda das Igrejas da Noruega), participaram 47 membros da associação Kahekete, dos quais 28 mulheres (22 jovens).