Benguela: Líderes comunitários debatem sobre as Eleições Gerais em Angola

10/3/2022 3:00 PM

Com objectivo de contribuir na disseminação de informação para as comunidades sobre as Eleições Gerais, a ADRA Benguela promoveu, a 24 de Fevereiro, um espaço de debate sobre processo de realização das Eleições Gerais, que decorrem em Agosto deste ano.

O debate, que teve lugar na Comuna do Dombe Grande, no município da Baía-Farta, contou com a participação de 40 pessoas, das quais 14 mulheres, entre líderes tradicionais, religiosos, representantes de partidos políticos, e membros das associações e cooperativas.

Estrela Domingos, Jurista e técnica da ADRA, iniciou o debate apresentando os principais conceitos sobre as eleições e o voto, tendo considerado que a realização das eleições constitui um direito e dever consagrado na Constituição da República e é fundamental que as comunidades tenham noção do procedimento de exercer o seu direito de voto.

De acordo António Cachilingo, presidente do Núcleo das Associações do Dombe Grande, encontros como estes ajudam as pessoas a saberem sobre o que acontece no país e essas informações devem ser transmitidas nas escolas, praças e jangos, aí onde houver maior concentração de pessoas.

“É importante votar para escolher os dirigentes que queremos que governem o nosso país, por isso votar é o direito de todo cidadão”, afirmou o líder comunitário, José Loneque.

No decorrer do debate os presentes mostraram a suas preocupações sobre o processo de funcionamento e registo nos Balções Únicos de Atendimento ao Público (BUAP), por não saberem de concreto a diferença entre o Cartão Eleitor e Cartão de Munícipe, e qual destes documentos será utilizado para o voto.

Os participantes apelaram aos governantes locais, no sentido de massificarem as informações sobre os BUAP, pois, como constatam o prazo para o fim do processo de registo é o mês de Março, mas muitas pessoas ainda não se registaram por falta de conhecimento sobre o processo e não saberem para que servem os BUAP.

“Há ainda pessoas que vivem distante da sede da comuna e, nas condições péssimas que as vias de acesso se encontram, os habitantes tendem a gastar 2 mil kwanzas por dia, por isso desistem”, revelaram os participantes.

Esta ação foi realizada pela ADRA, com apoio da Fundação Hanns Saidel.

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