Covid-19 | Maternidades com dificuldades de resposta na Huíla

29/10/2020 10:32 AM

ADRA-Huíla realizou, os dias 21 e 22 de Outubro, o 10º Módulo de Formação sobre Saúde e Direitos da Mulher, na cidade do Lubango.

A formação teve como objectivo reforçar a capacidade institucional da ADRA nos domínios da sustentabilidade e nos processos de desenvolvimento sustentável, com base nas temáticas de direitos das mulheres, saúde sexual e reprodutiva (VIH/SIDA).

Um dos assuntos abordados foi o ponto de situação da assistência materno-infantil neste tempo de pandemia. Ana Sambo, representante da Maternidade Irene Neto, afirmou que os serviços de saúde daquela unidade hospitalar não têm capacidade para atender a demanda da população em tempos de pandemia.

“Os profissionais estão a ser infectados a cada dia que passa, daí, excluir alguns serviços de saúde e atender os casos que merecem uma atenção especial”.
“E o caso das consultas externas para o atendimento a mulheres grávidas, por exemplo, nós estamos a encaminhar estes casos às Unidades de Saúde das periferias que infelizmente também carecem de tudo um pouco para o atendimento completo aos utentes”, acrescentou.

Segundo Belinha Pedro, com a metodologia GALS (sigla inglesa para Sistema de Aprendizagem de Género em Acção), “aprendi que quando todos participam há progressos na comunidade. Mesmo não sabendo ler e escrever a comunidade participa com ideias e isso fortifica os grupos que estamos inseridos… e no vídeo apresentado aqui, me deu forças e motivação para continuar a liderar a associação da Tunda”.

“Nós lá na comunidade, maior parte das mulheres têm vergonha de conversar com os filhos sobre a saúde reprodutiva e as vezes se apercebem que a filha está grávida quando vão ao hospital”, acrescentou Maria Chicumbo.

Para Lurdes Faria, membro da ADRA, é necessário trabalhar com os seropositivos no sentido de exercerem o seu direito de cidadania. Não devemos olhar esses grupos como pessoas privadas de direitos.

Os activistas e todos nós somos chamados a trabalhar nos aspectos de conscientização sobre o estigma do VIH/SIDA, frisou.

O evento, com duração de dois dias é uma acção que a ADRA realiza anualmente e teve o apoio financeiro da organização sueca, Afrikagrupperna.

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