Para Neusa Malassa, as mudanças a nível pessoal, familiar e institucional devem ser feitas, de modo a permitir que os direitos das mulheres sejam observados e respeitados, e que tenham as mesmas oportunidades que os homens.
“É necessário aperfeiçoar as leis existentes e promover mudanças para a igualdade de Género. E para que haja justiça de género, os homens também devem ser protagonistas no processo de construção desta sociedade igualitária que sonhamos”, defendeu.
A formação visou reforçar a capacidade das equipas nos domínios da justiça e direitos humanos, à luz dos desafios impostos pelo actual contexto socioeconómico do país, contribuindo desta forma para o aumento de conhecimentos dos quadros, de modo a aplicá-los no trabalho com os grupos de referência e parceiros.
Para os participantes do encontro técnico e metodológico, este momento de aprendizagem vai reforçar os seus trabalhos junto das comunidades com quem trabalham.
A técnica de monitoria, Anastácia Tchilete, disse que esta formação é mais uma oportunidade de aumentar os conhecimentos das equipas. “Como técnica de monitoria, o refrescamento facilitará o meu acompanhamento naquilo que tem sido o trabalho das equipas relativamente as perspectivas de justiça entre mulheres e homens”, avançou.
“A justiça de género visa promover as oportunidades para que não haja desigualdade entre os homens e mulheres; como técnicos de desenvolvimento comunitário, no exercício das nossas funções com as comunidades, devemos ter em conta a ferramenta GALS e desenvolvê-las de forma participativa, analítica e em formas de desenhos, no sentido de facilitar a aprendizagem por parte das comunidades”, afirmou Albertina David.
Para a formadora Maria de Lourdes Dotar, às equipas técnicas importa fortalecer a capacidade das organizações de agricultores para promover a participação nos diferentes processos ligados ao acesso à água e direitos humanos.
O encontro foi promovido no âmbito do Projecto Direito à Água, financiado pela União Europeia e co-financiado pela Solidariedade Prática da Suécia.
Os encontros técnicos e metodológicos contribuem para potenciar as equipas dos projectos e os quadros da Antena Huíla e Cunene, em geral, com conhecimentos que permitam melhorar o seu trabalho com os grupos de referência e parceiros.