A ADRA realizou esta acção, a 16 de Julho, no Centro Elavoko, Especializado de Teste, Tratamento e Acompanhamento às pessoas que convivem com o VIH, afecto ao Hospital Central do Huambo, no âmbito do projecto Mitigação dos Efeitos Socioeconómico da Covid-19, financiado pelo Standard Chartered Bank.
A palestra de informação e sensibilização sobre a Covid-19 foi facilitada com o objectivo de aumentar o nível de conhecimento dos participantes sobre como a pandemia pode afectar os portadores de VIH e doentes com SIDA, bem como de reforçar os mecanismos de prevenção contra a Covid-19 na província do Huambo.
“Sou portadora do VIH há deis anos. Depois de ter participado desta palestra, aprendi que nós, os seropositivos, fazemos parte do grupo de risco, por este motivo, devemos sempre redobrar os esforços de prevenção e combate contra esta doença”, declarou uma participante da actividade, que preferiu o anonimato.
Para a participante, uma vez contaminado com a Covid-19, o portador do VIH corre riscos maiores de “perder a vida”, pois o seu sistema de defesa do organismo está vulnerável. “Toda a prevenção é pouca!”, alertou.
Renato Sapuenda é o líder do grupo de portadores de VIH beneficiado pela palestra e também representante da rede de associações que trabalham nas questões relativas ao VIH a nível da província do Huambo.
“Pelo facto de fazermos parte do grupo de risco, associar o VIH à Covid-19 numa só palestra foi a estratégia mais acertada que a ADRA teve, em parceria com o Centro Elavoco”, reconheceu o líder associativo.
Sapuenda refere ainda que a palestra vai beneficiar o grupo todo, uma vez que necessitava de um reforço informativo ou actividade direcionadas ao assunto. “Vamos continuar a trabalhar juntos, de modo a evitarmos mais mortes por Covid-19 na nossa província”, apelou.
Dados estatísticos sobre a Covid-19 mostram que, nessa data (16 de Julho), Angola registou 101 novos casos, dos quais 8 do Huambo, um óbito e um número de 104 doentes recuperados. Ao todo, o país tinha registava 40.631 casos confirmados, 952 óbitos, 34.724 recuperados e 4.955 activos.
Segundo Renato Sapuenda, até à data da palestra, não foram registadas, a nível da proposta, mortes por Covid-19 de pacientes que convivem com o VIH.