Membros das Associações e Cooperativas expõem suas preocupações durante o encontro das comunidades dos municípios da Caála e Longonjo
Durante os encontros das comunidades dos municípios da Caála e do Longonjo, foram levantadas várias preocupações ligadas ao serviço de caixas comunitárias, produção agropecuária, ambiente, pequenos negócios, saúde, saneamento e alfabetização, bem como os programas públicos em curso, com destaque ao Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate a Pobreza, Plano Integrado de Intervenção nos Municípios, Programa de Apoio Para a Empregabilidade e o Plano de Apoio a Época Agrícola 2023-2024, incluindo o processo de relançamento da cultura do trigo.
No sector da saúde foram levantados problemas relacionados a Malária, Partos e a falta de medicamento nos postos de saúde.
A Coordenadora das parteiras tradicionais, Salomé Ângela, apresentou a sua preocupação quanto a situação dos partos.
“Na semana passada estive nessas áreas da Chicula, local que tem apenas uma parteira tradicional que atende todas aquelas mulheres. Deparei-me com uma situação muito triste, as mesmas fazem partos sem luvas, sem bisturi para cortar o cordão umbilical, álcool etílico e sem outro tipo de material gastável, utilizando apenas as próprias mãos e panos. Então fica aqui o meu pedido de ajuda a ADRA e a Administração que nos ajudem para podermos adquirir estes materiais”.
Os munícipes do Longonjo, mostraram-se preocupados relativamente a implementação do Plano de Acção para a Promoção da Empregabilidade (PAPE) no município, ao tomarem conhecimento sobre a distribuição de kits profissionais, sendo que vários jovens não foram beneficiados com os kits para começar com os pequenos negócios.
“Na comuna da Chilata foram entregues kits para senhoras já idosas e nenhum jovem recebeu, questiono aqui se esse é um programa implementado para jovens ou para idosos e quais são os critérios de seleção para distribuição dos mesmos.”Relatou o coordenador da associação de jovens da comuna da Chilata, Ernesto Ventura.
Estes encontros constituem desde o ano 2000, um importante espaço de interacção entre representantes das comunidades apoiadas pela ADRA e as instituições do Estado ao nível local e nacional, proporcionando a troca de experiências e análises de políticas públicas entre os diferentes actores sociais.