Belinha Pedro, coordenadora da associação da Tunda II, afirma que “as mulheres não tinham direito principalmente aqui na zona rural devido os aspectos culturais. É de louvar porque hoje já há um número de mulheres que participam nos espaços de debates.”
Eu e outras mulheres já participamos em vários eventos tanto os promovidos pela ADRA, bem como pelas outras instituições, contou Belinha.
No município dos Gambos, a prioridade em termos de acesso à educação é para os meninos e não para as meninas.
Segundo Maria Isabel, coordenadora da Tunda I, os aspectos culturais devem ser trabalhados porque muitas vezes causam desigualdade de género.
“A formação trouxe para nós muitos desafios da emancipação da mulher na sociedade, isso para nós é muito importante” acrescentou.
Kaquarta Tchitunga disse que “a formação para mim foi muito boa, aprendi de como posso estar no nível dos homens. É possível a mulher também ser igual ao homem em termos de oportunidades e melhorar a sua vida”.
“Devemos aplicar bem a justiça de género nos nossos lares e na família”, aconselhou Kaquarta Thitunga.
Para Ludgério Pedro, representante da Igreja Católica, os tabus referentes ao género não são apenas por parte dos homens.
“Tanto os homens quanto as mulheres, precisamos ultrapassar os tabus de género. Tudo começa na família e a mulher precisa ter autossustentabilidade”.
Os participantes ficaram com a responsabilidade de aplicar os conhecimentos juntos das comunidades vizinhas.
Esta formação que teve como objectivo aumentar a participação das mulheres nas associações e cooperativas e despertar nelas a vontade de liderança, enquadra-se no Projecto de Apoio à Resiliência e Mitigação dos Efeitos Climáticos “PARMES”, financiado pela União Europeia e Ajuda das Igrejas da Noruega (AIN).