Processo de legalização de terras transforma a dinámica das Mulheres no município da Humpata

A vontade de cultivar a terra em busca do sustento para as suas famílias, foi o impulsionador principal para muitas mulheres do município da Humpata, localidade da Jamba-2 na província da Huíla, à aderirem ao processo de legalização das suas terras, para a atribuição do título de posse aos membros das comunidades rurais.

O processo de legalização de terra, veio não só para dar o título de posse aos membros das localidades, mas também, para melhorar a qualidade de vida das comunidades. Ukata Maria, secretária da associação Epia-Yeto na localidade da Jamba 2, negociante e mãe de três filhas, é uma das beneficiárias.

“Foi fácil termos a nossa terra legalizada, fiz a entrega da copia do bilhete de identidade, e em pouco tempo me foi entregue o título de posse da minha terra. Com o título de propriedade da minha terra individual e da nossa como associação, trabalhamos fortemente nelas na produção do milho, batatas-doce e rena, couve, feijão e cenoura, e comercializamos nos mercados informais, depositamos os lucros na nossa caixa comunitária, para servir de ajuda nas actividades da associação, na compra de insumos e imputes agrícolas para ajudar nos problemas que aparecem na vida dos membros da nossa associação”.

A maior dificuldade que a associação tem enfrentado, consiste muitas vezes na seca que assola o município da Humpata e a fraca participação dos membros nas actividades programadas pela direcção, tudo por conta da ausência das chuvas, o que obriga procurar outras fontes de rendimento.

“É bom fazer parte de uma associação, a nossa tem 60 membros, dentre eles 40 mulheres. Beneficiamos de muitas formações, desde como trabalhar no campo, temos tido aulas de alfabetização no sentido de termos mais mulheres alfabetizadas, recebemos sementes para cultivar na lavra da associação e o que resta, podemos semear nas nossas lavras individuais. Agradecemos a ADRA por todo apoio que nos tem dado, e que seus feitos se estendem para as gerações futuras. ”Sublinhou. Ukata Maria.

O processo de legalização de terra beneficiou cerca de 24 mulheres, incluindo homens das associações. Esta acção, enquadra-se no âmbito do projecto Direito à Terra e Água, implementado pela ADRA no município da Humpata.

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